sem pena do mundo, pedro
eu amo
você
e nada sobra desse amor doido
de pedra rolada em cantaria
artefatos, sentinelas, lamparinas
tão doído amor eu devoto
a você
guardo a pepita de ouro negro
guardo no peito o escapulário tecido
na véspera do primeiro verso
guardo ainda bruta aquela pedra
tudo
eu devoto a você, girassóis e terços
como antes era, será também depois
um portal rococó todo feito da mesma pedra
que dura sempre desde aquele dia
e mesmo sem vê-lo, suspiro
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