Necrópole

o bronze oxida e exibe
a pátina verde que tudo encobre
o que o tempo desgasta,
arte

a vida, a duração
a morte

uma pólis de pedra, de silêncio e datas
o que resta, cálcio e memória

nada, quase

uma rosa metálica repousa
sobre a lápide porosa
e a saudade de quem passa
não apodrece, nem se dissolve

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